...e uma tempestade de emoções invade-nos, varre-nos, provocando sensações diversas: espanto, alegria, saudade, nostalgia, frio, calor...
Mas o resultado final é uma acalmia, o saborear lento da imagem desbotada pelo tempo, mas igualmente presente, muito perto, ali…E o reviver…
A araucária, árvore majestosa, tratada com desvelo, estava a crescer a olhos vistos.
Um dia, o meu pai disse-nos:
- Vou cortar o gomo terminal para ela não crescer mais!
E assim fez.
A razão porque procedeu assim tem uma explicação.
Dizia-se que, quando a araucária atingisse a altura do telhado, o dono da casa morreria…
Era mesmo muito supersticioso!
Mas a araucária ficou linda na mesma, engordando para os lados, sozinha, no canteiro relvado do lado direito da casa.
E eis que ainda lá está….E de boa saúde!
Um dia, quando voltar, após 30 anos de ausência, rumarei à Matola.
E pedirei ao casal que lá vive que me deixe entrar.
A minha araucária - foto Girassol
Para afagar a minha araucária.
E chorar toda a minha saudade...
8 comentários:
Girassol, a minha araucária não é exatamente assim mas a sua é muito bonita. E se lhe traz boas recordações mais linda ainda se torna.
beijos da Pitanga
Existem várias araucárias, algumas bem diferentes desta, com uma copa mais parecida com o pinheiro.
Esta é a original, ainda jovem!
Bjs
A chorar não, mas de lágrima no olho fiquei ... com o que escreveste ...
Beijos minha querida, encaracolados por serem meus ... nas tuas lindas pétalas :)
Oi Caracolinha, adoro as tuas visitas...por gozarmos o mesmo Astro-Rei!
Beijoka na tua casca...
Ai, ai, a nostalgia anda por aqui.
Lindo este texto, mas com um pequeno senão; não se transmite tanta nostalgia assim de supetão, faz mal amiga... arrasta-nos para viagens sem a bagagem necessária.
Grande abraço.
Deu-me forte...Tenho de começar a pensar seriamente em guardar uns euros para voar até onde as asas não pesam...
Bjs
Não conhecia essa árvore :)
Curioso...Tenho vivências algo parecidas mas os núcleos do afecto e, neste caso, superstição, foram árvores da borracha e o anátema recairia sobre o elemento feminino - a dona da casa, claro.
Por isso essas plantas foram deixadas em vasos no quintal.
Mas a dona da casa partiu.
E eu, passadas as formalidades administrativas e logísticas necessárias nunca mais lá voltei.
O teu post despertou a minha saudade da vivenda perto do mar onde passei as férias durante mais de 30 anos. E, naturalmente, trouxe-me, mais uma vez, à memória o sorriso da minha Mãe, perto dessas plantas, perto do mar, perto, muito perto de mim...
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Voltarei a este cantinho, que tanto me disse nesta primeira visita!
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