13 julho, 2006

Apenas um telefonema….

...e uma tempestade de emoções invade-nos, varre-nos, provocando sensações diversas: espanto, alegria, saudade, nostalgia, frio, calor...

Mas o resultado final é uma acalmia, o saborear lento da imagem desbotada pelo tempo, mas igualmente presente, muito perto, ali…E o reviver…

A araucária, árvore majestosa, tratada com desvelo, estava a crescer a olhos vistos.
Um dia, o meu pai disse-nos:
- Vou cortar o gomo terminal para ela não crescer mais!
E assim fez.
A razão porque procedeu assim tem uma explicação.
Dizia-se que, quando a araucária atingisse a altura do telhado, o dono da casa morreria…
Era mesmo muito supersticioso!
Mas a araucária ficou linda na mesma, engordando para os lados, sozinha, no canteiro relvado do lado direito da casa.


E eis que ainda lá está….E de boa saúde!

Um dia, quando voltar, após 30 anos de ausência, rumarei à Matola.
E pedirei ao casal que lá vive que me deixe entrar.


A minha araucária - foto Girassol


Para afagar a minha araucária.

E chorar toda a minha saudade...

8 comentários:

Pitanga Doce disse...

Girassol, a minha araucária não é exatamente assim mas a sua é muito bonita. E se lhe traz boas recordações mais linda ainda se torna.
beijos da Pitanga

Anónimo disse...

Existem várias araucárias, algumas bem diferentes desta, com uma copa mais parecida com o pinheiro.
Esta é a original, ainda jovem!
Bjs

Caracolinha disse...

A chorar não, mas de lágrima no olho fiquei ... com o que escreveste ...

Beijos minha querida, encaracolados por serem meus ... nas tuas lindas pétalas :)

Anónimo disse...

Oi Caracolinha, adoro as tuas visitas...por gozarmos o mesmo Astro-Rei!
Beijoka na tua casca...

José Pires F. disse...

Ai, ai, a nostalgia anda por aqui.

Lindo este texto, mas com um pequeno senão; não se transmite tanta nostalgia assim de supetão, faz mal amiga... arrasta-nos para viagens sem a bagagem necessária.

Grande abraço.

Anónimo disse...

Deu-me forte...Tenho de começar a pensar seriamente em guardar uns euros para voar até onde as asas não pesam...
Bjs

Teresa Durães disse...

Não conhecia essa árvore :)

Alba disse...

Curioso...Tenho vivências algo parecidas mas os núcleos do afecto e, neste caso, superstição, foram árvores da borracha e o anátema recairia sobre o elemento feminino - a dona da casa, claro.

Por isso essas plantas foram deixadas em vasos no quintal.

Mas a dona da casa partiu.
E eu, passadas as formalidades administrativas e logísticas necessárias nunca mais lá voltei.

O teu post despertou a minha saudade da vivenda perto do mar onde passei as férias durante mais de 30 anos. E, naturalmente, trouxe-me, mais uma vez, à memória o sorriso da minha Mãe, perto dessas plantas, perto do mar, perto, muito perto de mim...
**

Voltarei a este cantinho, que tanto me disse nesta primeira visita!