27 junho, 2008

Pela Europa fora V


Para deixar mais à vontade os novos pais e recém-nascido, resolvemos arranjar alojamento fora da cidade do Luxemburgo, também para aproveitar a nossa semana de férias.
Escolhemos Remich, junto ao rio Mosela, onde já tínhamos passado uma tarde espectacular da última visita àquele país.
E o programa era simples: iríamos passear de manhã e em fim de tarde, os filhos viriam passear o petiz, junto ao rio para apanhar ar fresco e sol.
E assim aconteceu.

Munida dos mapas de França, Luxemburgo e Alemanha, com o volante nas mãos e muito descontraída, escolhi destinos para os dias restantes, que souberam a ginjas!!!!!

Um passeio por Remich de trem, para apreciarmos as vinhas nas margens do Mosela, o Instituto Vitivinícola e no final visitar uma adega, onde experimentámos e comprámos vinhos da região.

Pelas ruas, passeando pé, não faltavam bandeiras portuguesas nas janelas e varandas à conta do futebol...
Nessa noite, para todos esses portugueses, o sono ficaria alterado e o coração mais triste...!

Sem palavras...

Dois portugueses no telhado? Decerto...

Este boneco girassol para vos desejar um bom fim de semana!

25 junho, 2008

Surpresa desagradável…

A viagem decorreu normal. Novamente voo mais barato para Frankfurt e ligação de autocarro para o Lux.
Mas achei que não valia mais o sacrifício…
A próxima vez será, quase de certeza, um voo directo!!!!

Não estávamos preparados para o que se seguiria.
Esperámos a boleia na gare dos autocarros, que chegou daí a pouco.
Saíram do carro os novos pais e vieram ao nosso encontro.
Perguntei pelo netinho e logo veio a notícia de chofre:
- O André foi operado ontem a uma hérnia inguinal (escrotal), ainda está no hospital, mas correu tudo bem! Vamos agora ao hospital para ele mamar e já vão vê-lo!

Acho que fiquei em estado de choque, quase anestesiada.
Não nos tinham avisado para não nos apoquentar e procuraram de todas as maneiras minimizar o acontecimento para nos sossegar.
Corajosos e atenciosos, achei.

O hospital era uma maravilha, ficámos estarrecidos…
Levaram-nos para a ala da cirurgia dos recém-nascidos e aguardámos numa salinha de espera, com hora marcada, que o bébé chegasse pelos braços do pai.

Finalmente nos meus braços um menino, que eu tanto tinha desejado e não tivera.
Na mãozinha, ainda se encontrava espetado o cateter.
Dormia profundamente, decerto sedado com medicamentos para as dores.
Tão pequenino e a começar a vida em sofrimento, pensei.

No dia seguinte veio para casa.
Então assisti a tudo: mamadas, mudanças de fraldas, choros, sorrisos e gemidos em sonhos…
Bebi cada momento a seu lado, olhando o rosto delicado, o cabelinho espetado e farto, preparando-me lentamente para a separação.
Porque ser avó à distância não é fácil.

13 junho, 2008

Férias!



Até um dia destes...
Não demorarei muito
não irei descansar.

Decerto viverei
encantada
cada minuto e segundo
enquanto puder enlaçar
aspirar o perfume
olhar com admiração,
cantando suavemente...

O meu netinho,
luso-descendente
Lux-nato,
acima de tudo
europeu de gema
da nova ordem.


09 junho, 2008

Florir....

... como um girassol!






É tempo de brilhar, de renascer...
Ser, como um girassol!

07 junho, 2008

Hoje...



Recebi mais uma bênção,
Mais um milagre se deu…
Hoje, lá longe, no Lux,
O meu netinho nasceu!!!!

Gostaria de ter tido
Menino de nome André…
O nome é mesmo esse,
Filho duas vezes é!

Mãe e filho estão saudáveis,
O pai belga está inchado…
Imaginem os avós…
Sem pr’ó petiz ter olhado!!!!

Ainda faltam sete dias
Para o piqueno abraçar,
Senhor, dai-me paciência…
Ou asas para voar!!!!!




05 junho, 2008

Massagens...

....até elas apreciam...!!!!!!!




E empurram a sortuda quando acham que é demais....

Hummmm...que bem que soube!

02 junho, 2008

Há gestos...

Terminado mais um dia de trabalho, um pouco mais cedo, um pouco mais descansado, resolvi, depois de deitar um olhar às mãos e unhas tão maltratadas, entrar no salão da cabeleireira habitual e permitir-me alguns mimos…

Dentro encontrava-se apenas uma cliente, uma mulher alta, de farta cabeleira, robusta, risonha.
Chamar-lhe-ei Rosa, um nome vulgar, numa mulher interessante.
Disse que nunca tinha sido feliz. Que gostaria ainda de o ser, de encontrar alguém que a pudesse fazer feliz.
A conversa rolou fácil entre mulheres maduras, descontraída, para fim de dia.
Soube bem…

Já de saída, quando pagávamos a despesa, reparei numa peça de bijuteria muito bonita que trazia pendurada ao pescoço, com pulseira a condizer.
Elogiei-a, que era linda!

Num repente, Rosa tirou-a do pescoço e deu-ma, juntamente com a pulseira…
Fiquei boquiaberta, disse que não podia aceitar…
Insistiu, que queria oferecer-me, que aquelas peças eram a minha cara.

Um presente inesperado, um gesto surpreendente!!!
Por ser uma dádiva tão emotiva, um despojamento tão real e sincero, aceitei.
Aqui estão elas….