30 janeiro, 2007

Olhar Macau II







FLUTUAÇÃO - Leung Mou Kit, 2003
Museu de Arte de Macau


Quando faço uma viagem mais ou menos prolongada e regresso ao ponto de partida, há sempre uma parte de mim que aí fica por algum tempo a pairar.
Na outra viagem, chamei “ Ecos de Macau…” às postagens do depois…
Agora chamarei “Olhar Macau…”, esse olhar e sentir distante que ainda prendo, que tenho prazer em recordar.

Trouxe mais uns livros de poesia, escrita por poetas que viveram ou ainda vivem naquela terra belíssima.
Quero assim partilhar convosco alguns dos poemas que escolhi por me dizerem mais.




Quando o céu começa
o pássaro voa

O céu não é a minha religião
mas dá-me a crença

Como há voos de pássaro
confio no ar

Entre o céu e a terra
apenas a morada das asas

A morada das asas
in "A noite deita-se comigo" - Yao Jingming




Yao Jingming, que reside em Macau e fala português, é autor conhecido pelo pseudônimo Yao Feng, com o qual assina seus livros. Poeta e professor no Instituto de Ciências Sociais e Humanas da Universidade de Macau. Nascido em Pequim, em 1958, Yao é Doutor em Literatura Comparada. Começou a publicar poemas em 1988, tanto em chinês como em português. Entre seus livros de destaque publicados estão Nas Asas do Vento Cego (1989), Confluência (parceira com Jorge Arrimar, 1998), Via gem por Momentos (2001), A Noite Deita-se Comigo (2002), e o ensaio A Poesia Clássica Chinesa: uma Leitura de Versões Portuguesas (2001). Além de poeta, Yao é reconhecido tradutor, tendo passado para o chinês muitos autores da Língua Portuguesa — entre eles Fernando Pessoa, Carlos de Oliveira, Eugênio de Andrade, Sophia de Mello Breyner Andersen e Casimiro de Brito. Em suas três décadas de carreira literária ganhou vários prêmios, incluindo o recente Prêmio de Poesia Rougang 2005.



(Imagem e texto da net)

27 janeiro, 2007

Olhar Macau I


Sem Título - Denis Murell, 1992
Museu de Arte de Macau



Não atrofies os sentidos;
Liberta-os, no esplendor
Das suas asas; deixa-os voar,
Para além dos gemidos,
Dos sussurros, dos gritos,
Do gozo ou da dor,
Da alegria ou da tristeza.

Só assim atingirão
O sobrenatural encanto
Da beleza,
Daquele efêmero instante,
Em que a mão encontra a mão
E o olhar, o olhar!

Libertar os sentidos – Flores do Bem
António Correia



António Correia nasceu na freguesia de Anreade, concelho de Resende, Portugal, em 1948. É licenciado em Direito e diplomado em Secretariado e em língua inglesa.Foi militar em Angola; bancário, sindicalista e advogado, em Lisboa; advogado, notário privado, gestor, conselheiro e deputado, em Macau (China), durante cerca de vinte anos. Actualmente, dedica-se à advocacia e administração de empresas em Lisboa, Portugal e no Ceará (Brasil). Em 2000 foi condecorado pelo Presidente da República Portuguesa com a Ordem do Mérito, no grau de Grande-Oficial.
Obras publicadas
POESIA:Conjugando o Verbo Amar, 1989;Folhas Dispersas, 1989;Deideia, 1992;Amagao, Meu Amor, 1992;Fragmentos, 1ª ed. 1994, 2ª ed. 1996;A Caravela, CD de poemas seleccionados, declamados pelo actor Jacinto Ramos, 1997;Serenidade, 2000;Oratus, 2002
POESIA E FICÇÃO:Abrindo o Caminho, poesia e contos, 1ª ed., 1976; 2ª ed.(ampliada), 1990;Miscelânea, mensagens para crianças,1987;
FICÇÃO:Ngola, contos, 1990;Contos de Ou-Mun, contos, 1996;Rua sem Nome, romance,1999.Contos Cearenses, contos, 2002.

25 janeiro, 2007

Jet-lag, esse malvado!



Muito gostaria de voltar à normalidade, para escrever e percorrer os blogues, visitar os amigos virtuais.
Acontece que o desgraçado jet-lag que me atacou não me deixa ficar acordada...
São 5 da tarde e penso que é meia noite...E já não consigo, muito mais tempo, funcionar!
Estou completamente baralhada...
Espero, lentamente, voltar a ser quem era...

Beijinhos

23 janeiro, 2007

Chegar a casa...



A viagem decorreu sem incidentes.
Àparte uma forte turbulência e aterragem bem trepidante ao chegar a Paris, uma fila monstruosa esperando a passagem na imigração com risco de perder a ligação para o Porto, o stress provocado por esta situação apanhando o avião nos últimos minutos...
Promessa de não voltar a viajar na Air France dado este tratamento vergonhoso!

Montes de passageiros a perderem as ligações, crianças e bébés impacientes, nervos a explodir, mas tudo calado...Apenas 2 funcionários a receber tantos passageiros de aviões chegados de manhãzinha! Uma confusão, imperdoável! Finalmente apareceram mais dois ou três e os que tinham passaporte europeu foram para uma fila separada, despachando aceleradamente os pobres viajantes extenuados de tantas horas de vôo...

O avião da Portugália ia quase vazio, resultado de tantos passageiros que não tiveram a nossa sorte.
Durante a viagem perguntaram-nos delicadamente se aceitávamos um jornal...
Respondi:
- Aceito tudo o que me derem!!!!
A refeição ligeira soube a ginjas... Barriguinha cheia, pé dormente, ainda passei pelas brasas!

À chegada ao Porto, mais uma interrogação: Teriam as malas embarcado também?
Felicidade... quando as vimos aparecer! Uma mala de tecido beje e castanha e uma Sansonite cinzenta escura, rígida, prenda de Natal da filhota. Nunca andamos com bagagem de cabine por a viagem ser tão longa e cansativa. Leves, suporta-se melhor!

- Donde vêm os senhores?
- De Hong Kong, respondeu o pescador...
- De Macau, respondi eu, quase ao mesmo tempo!
- Façam o favor...
E apontou-nos para a sala da revista da bagagem.
Abertas as malas, apalpada a roupa, sem luvas, revisto o seu interior de forma não muito pormenorizada, enquanto se conversava sobre a viagem, dirigimo-nos para a saída, pensando no que estariam eles à procura...
DVD’s ? Equipamento electrónico? Droga?
Bom, nada disso faz parte da minha bagagem ...

Procedimento normal? Talvez...
Mas a minha tez morena deixa-os, talvez, de sobreaviso!!!!!

Chegar a casa...
As duas gatas saudosas, as flores de inverno, dia de feira com a rua cheia de carros.
Lareira acesa, frio de gelar...



Trouxemos o inverno? Parece que sim, pois disseram-nos que esteve uma verdadeira primavera até chegarmos...

Desculpem lá!!!!


(Imagens da net)

19 janeiro, 2007

Adeus Macau!



Adeus é sempre o mais difícil de dizer...
Prefiro ....

Até à vista, Macau!

A tarde foi passada a passear pela baixa, espreitando aqui e ali, comendo um gelado pelo caminho.
Entrei na Livraria portuguesa e comprei uma série de livros de poesia.
Aqui deixo a minha despedida...


Parto amanhã
Mas fica o resto de mim
Que não levo comigo
E vocês
que não vão

Peço
Cuidem bem
Do meu bem
Que cá fica
Doado
A este cantinho
Nosso.

O resto de mim
Não quer vir
Mas eu vou
Amanhã
Já não estou

Peço
Que empalhem
Encaixotem
O resto deste meu
Para eu
Ser completa
Noutra
Vida incerta.

Parto amanhã – Mergulho de Alma
Carolina de Jesus
Macau


A todos vós ofereço esta Flor de Lótus, tirada na Malásia!

17 janeiro, 2007

Kota Kinabalu II


De manhã, “buffet” abundante, diversificado e saboroso...Dava até ao jantar!!!!
Durante o dia, banhos de piscina e mar, passeios ao longo da praia, chapinhando na água, lendo ou dormitando em preguiçadeiras em zonas relvadas, sossegadas.
Exceptuando dois dias que estive de cama com uma desgraçada faringite, sei lá por que razão, os dias foram assim passados, com manhãs com sol e fins de tarde chuvosos para nos refrescar! Muitas actividades, algumas grátis, outras a pagar, havendo sempre algo interessante para fazer! Quem quiser pode simplesmente aprender coisas novas ou experimentar desportos mais radicais!
O pescador fêz vela num catamaran, andou de kayak, viu orangotangos orfãos numa reserva do próprio resort...A febre não me deixou ir ver os ditos bichinhos!
Mas o registo fica aqui....









Tinham-se feito planos para diversos passeios: passeio de comboio pelo interior, cruzeiro de barco até uma ilha, só regressando ao fim da tarde; percursos a pé nos trilhos no parque do Monte Kinabalu, etc, etc...
Ficou quase tudo por fazer por causa da garota, por ser muito cansativo para ela.
Acabámos por alugar uma carrinha com condutor que nos levou ao parque do Monte Kinabalu, até cerca de 1500 m de altitude. Mas o dia estava cinzento, enevoado e pouco vimos....


Monte Kinabalu

Kinabalu é o ponto mais alto da Malásia. Tem 4.095 m de altitude e é a terceira maior montanha do sudoeste da Ásia atrás do Hkakabo Razi em Myanmar e do Puncak Jaya na Indonésia. A sua proeminência topográfica é igual à altitude, por ser o ponto mais alto do ilha de Bornéu, o que faz dele a vigésima montanha do mundo mais proeminente.
Origem: Wikipédia


Lagarto Monitor

Mas as férias, passadas num lugar destes, agradaram a todos nós.
Com banhos, descanso e jantares supimpas, graças da neta, algumas birras, chuva molha-tolos, tudo serviu para concluir que um dia gostaríamos de voltar...para aproveitar muito mais!



15 janeiro, 2007

Kota Kinabalu I

Fomos recebidos no Shangri-La Rasa Ria Resort, com tratamento personalizado, comodamente sentados em bonitos sofás, num enorme lounge, decorado à maneira malaia. Chá e uma toalhitas geladas para nos refrescarmos...
Ah, que bem que sabe ser assim tratada...
Trata-se dum resort isolado, a 50 km da cidade mais próxima, emoldurado pela floresta e mar, com uma enseada enorme, sem construções demasiadas, perfeitamente integrado na paisagem.
Este lugar pode não ser tão paradisíaco como alguns na Tailândia, já que se encontra no Mar do Sul da China e não no maravilhoso Mar de Andaman....
A água não é verde-turquesa, o tempo está pingão, faltam aquelas ilhas de calcário (limestone) espalhadas por aqui e ali, embora tenha outras, vulcânicas.
Mas tem, para mim, um encanto especial...
Para aqueles que conhecem África, digam-me lá o que parece isto....



Sim, lembra-me as praias de Moçambique: o mesmo mar, morno, agitado, as casuarinas ao longo da praia, o barulho dos pássaros, a vegetação envolvente....
Talvez os céus me quisessem dar este presente, já que ainda não voltei, com bastante mágoa, à terra que me viu crescer...

À noite não adormeci cedo, ao contrário da família!
Vinha música do salão–bar, mesmo ali ao lado...
Vesti-me e fui espreitar: uma banda com dois rapazes e duas raparigas, todos malaios, cantavam e dançavam. Boas vozes, repertório diverso, com recentes canções e “oldies” também.

Sentei-me a ouvir, bebendo um chá gelado.
Alguns casais australianos dançavam na pista...

O resort estava cheio deles! Pediam músicas, a banda tocava; e às tantas a vocalista dedicou uma dessas canções  a uns quantos que ali se encontravam e " to the lady who is always alone".... Fiquei comovida...!!!
Sim, porque todas as noites ali me sentava so
zinha, bebendo o meu chá gelado. Na última noite, o pé começou a dançar e depois o corpo pediu...
E lá fui, quase no fim!
Uma das cantoras desceu do palco e veio fazer-me companhia...Talvez para me sentir menos só!!!! Depois fizeram uma roda e assim acabei a noite, animadissima!
Imaginem, a família completamente ferrada no sono e ...
Onde já se viu um girassol a bailar na Malásia????

Macau - Kota Kinabalu




Madrugada, 1 h e 30 m. Fechar as malas, chamar o táxi para apanhar o jet-foil para Hong Kong às 3 da matina!!!
Todos ensonados, menos a criança...Essa, de olho vivo, apontava para o jet-foil na sala de espera da gare marítima e gritava: Bááá...co, báá...co!!!
E lá fomos à hora marcada, tudo muito organizado, impecável.
Viagem sem grandes ondulações, apesar do vento muito forte e chegada a Hong Kong às 4 da manhã, com tudo fechado!!! Só às 5 e meia é que fizémos o check-in na estação de comboios e apanhámos o expresso para o aeroporto...Grande volta!!!
Já dentro do avião percebi que a viagem apenas durava 2 horas e meia até ao nosso destino de férias: Kota Kinabalu, na ilha do Bornéu, Malásia.
Ao sobrevoar a ilha, deu para perceber o tipo de paisagem que iríamos encontrar: muitas montanhas e campos verdes a perder de vista, água por todo o lado, em rios e lagoas.
Ar quente e húmido, mas não demasiado, muito agradável!
A viagem, de cerca de uma hora até ao resort, fêz-se numa carrinha com ar condicionado, só para nós, guiada por um malaio extremamente falador e conhecedor da zona, falando bastante bem inglês, dando-nos informações interessantes acerca dos locais, edifícios, mesquitas por onde íamos passando.

A pequena cidade de Kota Kinabalu, estende-se por uma faixa estreita entre o mar e a floresta tropical, frondosa. É a capital da região de Sabah, com a floresta mais antiga do mundo.

(Imagens da net)

05 janeiro, 2007

Sabedoria chinesa II


Macao - Habitacion coloniale portuguese - Virginie de Roquefeuil

"Antes de começar o trabalho de modificar o mundo, dê três voltas dentro de sua casa."
Provérbio Chinês


Vou fazer uma pausa de uma semana, para dar um saltinho à Malásia.
Prometi relatos desta estadia em Macau, mas o tempo passado a tratar da minha neta, não tem dado folga para grandes saídas, a fim de recolher imagens e impressões.
Mas é para isso que aqui estou e tem sido tempo de brincadeiras e risos, com alguns sustos pelo meio.
Espero, ao regressar a Macau, ainda conseguir fazer umas tantas visitas que me faltam, comprar dois ou três livros de poesia, tirar algumas fotos e dizer-vos algo mais do que vi e senti.
Beijinhos
(Imagem da net)

04 janeiro, 2007

Sabedoria chinesa I



Macao - Original steel engraving by Rouargue. 1848.


"Todas as flores do futuro estão nas sementes de hoje"
Provérbio Chinês

Macau actualmente
(Imagens da net)

03 janeiro, 2007

Ao menino e ao borracho...



Hoje foi um dia tremendo para todos aqui de casa. O ano começou um pouco conturbado, com situações de stress e preocupação.

Não me lembro de ter, quando as minhas filhas eram pequenas, situações de grande aflição, nem de doenças graves. Felizmente, tenho sido uma mãe abençoada.
Já como avó tenho apanhado uns bons sustos...
Dizem que as crianças são actualmente, de um modo geral, hiperactivas. Nunca li nada sobre isto, quais as razões que levam a que isto aconteça, mas concordo!
E de que maneira!!!

A minha pequenina neta, que faz 2 anos para o mês que vem é um turbilhão... Nem 50 olhos, nem 50 mãos chegam para segurar esta pequenita, tem energia para dar e vender!
São assim as crianças de alto risco...

Hoje, como de costume, fomos dar um passeio com ela, para arejar e entretê-la.
Existe um parque de merendas, campismo, mesmo ao pé de casa.
E lá fomos, ela divertida e nós também.
Depois de muito brincar num pequeno parque infantil, quando estávamos já quase para regressar, tropeçou no último degrau dum escorrega e rachou o lábio, com um lenho fundo.


Levada ao Centro de Saúde de Coloane, estava calma e a tagarelar com o pessoal clínico a limpar-lhe o lábio, dum extremo cuidado e ternura. Entretanto a empregada da recepção diz-me, em português, que ela tinha de ir ao hospital fazer uma cirurgia plástica por ter arrancado um bocado de carne do lábio...

Foi aí que me deu o treco...
Eu já estava em estado de choque, taquicardia, fraquinha das pernas, quando ouvi tal notícia pedi ajuda...Levaram-me para a maca, tiraram-me a tensão, oxigénio nas trombas...
Vejam o ridículo, a garota bem disposta, a avó a esvair-se...
Talvez porque, com a experiência da idade, adivinhasse o sofrimento que a minha pequenita iria passar.

E assim foi. Deixaram-me em casa para não “panicar” mais e seguiram para o hospital.
Foi cosida por um cirurgião plástico, na presença da mãe que só aguentou o processo até ao 3º ponto...Também se sentiu mal e depois de recuperar, voltou para junto dela!
O pai da criança fugiu...o avô perdeu o pio.

Resultado: ficámos todos esgotados, combalidos e a garota, depois de tudo isto, estava na maior! Chegou a casa, brincou, cantou, dançou, sempre bem disposta!
Mas eu...
Ah, que peso no peito!

01 janeiro, 2007

A Passagem de Ano 2006! Uaaaauuuu....!



Durante muitos anos passámos os fins de ano em casa de amigos. Cerca de 20 a 40 pessoas, contando com as crias...
Os pequenos dançavam até de madrugada as músicas dos “cotas”. Enchia-se um sotão, aquecido por uma lareira, de gente aos saltos a noite inteira. Uma alegria!
Os filhotes foram crescendo e começaram a refilar: a música não prestava...queriam a música deles, afastavam-se para conversar e ver TV...
Cresceram mais ainda e começaram a passar o fim de ano com os amigos em festas só deles.
E então chegámos à expressão mais simples: dois ou três, camarões de Moçambique e champanhe do possível para lembrar velhos sabores, alegrar os corações, em paz e ao som do crepitar da lareira.
E assim tem sido nos últimos anos até ontem!

Fomos arrastados para o Reveillon do Westin Hotel, mesmo aqui ao lado, na praia de Hac-Sa em Coloane. Já o conhecem dos meus anteriores relatos.



Primeiro tinha dito que ficávamos em casa sossegados...Nada!
Pelo sim pelo não, resolvi precaver-me e trazer algumas peças a usar na ocasião:
- sapatos de cetim do C&A, “made in Vietnam”
- “pochette” da Parfois, “made in China “
- calças de lycra da feira
- top de veludo “made in wherever”

O pescador , renitente, não trouxe fatiota...Problema grave!
Cena da véspera: procurar nas lojas dos arredores do Senado, com a neta a refilar e a chamar pela mãe, qualquer coisa para o efeito. Chegou-se então à conclusão que era completamente impossível...Porque a barriguinha dos 60 anos não servia no número maior que tinham..É que estes chineses são mesmo elegantes!!!!!
Quando já desesperados, a caminho do carro, pensando que teria de vestir um poncho ou um djaleb(?), entrámos num Bossini e vimos fatos de bombazina com médio aspecto e qualidade...
E não é que foi uma prenda dos céus????
Comprados sapatos, camisa, gravata emprestada pelo genro, fato azul-escuro, estava um “pão”!!!!

Mesa de 15, adultos e crias, buffet diversificado, mariscos saborosos. Regalei-me!
Conjunto musical a dar música de vários tempos e origens, com batida forte como eu gosto...Quando não fazia de bábá à neta finalmente adormecida, depois de dar um show de dança na pista com um vestidinho chinês, lá estava eu na pista, aos saltos, rebolando o corpinho avantajado, suando as estopinhas, mas feliz!



Feliz por estar junto dos filhotes e neta, dos amigos simpáticos que já aqui ganharam, brindando ao Novo Ano e esquecendo-me de pedir o que quer que fosse...

Se para o ano que vem puder repetir....( peço agora, baixinho...)