Hoje não ligo especialmente aos carros, mas quando era pequena tinha um verdadeiro fascínio por eles e conhecia-os à distância...
O Cadillac era o meu preferido...
Vou contar-vos a história duma miúda e dum Cadillac verde!
Sim, eu andei num "espada" da década de 50, coisa difícil de esquecer....
Andava com problemas nos dentes de leite e era preciso arrancá-los. Se para um adulto a ida ao dentista era, naquele tempo, uma "dor de cabeça", para uma criança de 7 anos tratava-se de uma tragédia!
Na primeira ida ao dentista, a minha mãe conseguiu arrastar-me já que eu não sabia ao que ia, mas à segunda fiz um pedido especial !
A minha mãe ainda não tinha carta de condução; assisti a algumas aulas com o instrutor mas nunca a vi guiar.
O regresso a casa na primeira vez fizera-se de autocarro e eu não gostara nada, pois ainda me sentia meio atordoada...
Então disse-lhe que iria arrancar os dentes se depois voltasse de Cadillac para casa...
Na baixa da cidade de Lourenço Marques, junto ao café Continental existia uma praça de táxis.
Havia dois táxis Cadillac :um era verde-malaquite e o outro era branco, utilizado especialmente para os casamentos , umas belezas!
E assim aconteceu que a minha mãe, sempre muito carinhosa e paciente, acabou por me dar como prémio, por arrancar os molares, um passeio de Cadillac !
Nada mau para uma miúda...!!!!
8 comentários:
Lembro-me muito bem do Polana, ainda hoje é um hotel de charme!
E fui a muitos casamentos na Catedral...Queria ver a noiva...mas também o belo Cadillac branco!
Bjinho
Amiga querida,
as minhas recordações em relação a carros, não são tão sumptuosas.Recordo o querido 2cavalos de um saudoso casal , muito meu amigo, que já me levava ao cinema quando tinha cinco anos, o boca de sapo do meu tio António e o velho Mercedes 180 do meu pai.Carros e pessoas, que já cumpriram as suas lendas na terra.
Um beijo grande
linnndo
Como é bom recordar esses momentos...quer dizer das idas ao dentista tb dispenso
beijocas
Canela e jasmim, sabes em África, nos anos 50, havia muitos carros destes, os "espadas" com os chamados "rabos de peixe": Chevrolet, Studebaker, Buick, Plymouth, sei lá...
Fica a recordação...
Mocho, também dispenso, safa!
Beijinhos
consegues cativar
o que escreves é com tanto sentimento que ler-te é um prazer
já te imaginava pela não da tua mãe, na tua ida ao dentista e depois feita senhorita no teu regresso a casa de Cadillac verde
és encantadora
e que bela partilha
beijinhos para ti menina onde o sol gira
lena
Eu não me lembro nada desses automóveis...
Não é a memória que é fraca, eu é que só tenho 26 anitos!
Mas lembro-me da 1ª ida ao dentista. Tinha um dente a nascer e o dente de leite ainda não tinha saído. Para evitar que eu ficasse com os dentes tortos, o meu pai lá me levou ao dentista. Mas como por acaso até era feriado, só havia um dentista aberto...
O dentinho já abanava e por isso o dentista não me deu anestesia. O problema é que ele já devia ver muito mal (já tinha uma certa idade e faleceu uns meses depois). Conclusão, arrancou-me o dente do lado (também abanava um bocadinho). No dia seguinte lá caiu o dente certo, na escola.
Só depois de sair do dentista é que o meu pai percebeu o erro (eu nem tinha percebido, fiquei um bocado atordoada).
Já agora, também moro em Aveiro.
Luisa, por causa da feira dos carros antigos, lembrei-me mais uma vez desta história...e do prazer que me deu!
Lena, pena a mão da minha mãe só me ter agarrado mais um ano...Mal eu sabia que iria ser privada da sua companhia para sempre...Talvez por isso esta cena não se esfume...
md, agradeço a visita, afinal vivemos na mesma terra! Essa tua ida ao dentista deve ter sido brava...Tirar o dente errado, que nabo! A minha filha mais nova, que tem agora 30, também teve uma cena parecida: tirou-lhe um dente com infecção, sem anestesia, um horror...Coitada, ficou traumatizada!
Beijinhos
que rico passeio, ... ainda hoje recordado
..
e no qual me fizeste lembrar ...Africa
:)
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