Árvore Morta - António Parreira
"Como eu te compreendo!!
Já passei pelo mesmo há algum tempo atrás quando acabaram com o departamento de Citricultura.
Engoli muita lágrima para não me verem chorar e levei com humor, mas sabe Deus como estava triste! Foram tempos muito difíceis não muito diferentes dos que estamos vivendo agora.
Tudo isto vem sendo preparado há muito, e não prevejo nada de bom, nem para os SERVIÇOS nem para quem cá ficar a trabalhar, infelizmente!
Toda a vida adorei o meu trabalho, e sempre fui feliz lá, mas conseguiram que eu hoje só pense no dia em que me reformar ! Aí serei completamente FELIZ! E vou antes do tempo, porque já não aguento mais este estado de coisas! Não vejo a hora, e penso nisso todos os minutos do meu dia!
O que vale é que me colocaram nas Caldas e as termas, na verdade, são o sítio apropriado para me curar de vez!!Temos que levar isto na boa, senão estamos doidos quando pudermos ir embora, e esse gostinho eu não lhes vou dar!!
TU QUE ÉS UMA MULHER DE FÉ LEVANTA ESSA CABEÇA, E NÃO TE DEIXES ABATER!
Lembra-te que as árvores morrem de pé!!"
Testemunho colocado em comentário por uma funcionária pública como eu, que vivendo e trabalhando toda a vida na margem sul.... foi colocada agora nas Caldas....!!!!
Preocupados com a sua saúde, mandaram-na para termas...
SÓ PODE SER!!!!!
2 comentários:
testemunho emotivo, minha amiga, infelizmente, verifica-se essa situação em todo o lado, eu, no banco, gosto do que faço, mas sinceramente, anseio pelo dia da reforma, não interessa se cortam no dinheiro ao fim do mês, mas o ambiente que se vive actualmente é algo surrealista... bjs
As àrvores, sim, morrem de pé; as pessoas, essas, cada vez mais morrem vergastadas pela sociedade de consumo que as consomem. E, a ambas, a Morte chega sem lhes valer a tempo algum poema!...
Abraço.
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