30 outubro, 2007

"Mãe"

No Mercado Central do Maputo, vulgarmente chamado Bazar por quem lá viveu, andei a correr a fazer as últimas compras para trazer: artesanato, pó de caril, caju.

E ouvia as vendedeiras chamar: mãe…mãe…
Depois mostravam os produtos que queriam vender.


Impressionou-me, francamente!
Carinhoso tratamento, achei, em vez de patroa, senhora, que se ouvia noutros tempos…
E fiquei de coração mole, confesso.
Acabei por comprar sempre mais alguma coisa para evitar receber trocos.

Confesso que durante a minha estadia dei gorjetas enormes.
Impensáveis aqui em Portugal!
Porque sabia que a grande maioria dos moçambicanos têm ordenados muito baixos.

Pensei:
- Quando voltarei?
- Porque não tornar felizes algumas pessoas, nem que seja apenas por um dia?

Ainda hoje me soa aos ouvidos o chamamento:
- Mãe…mãe…

(Imagens da net)

9 comentários:

Licínia Quitério disse...

Que ternura de chamamento. Nunca mais o irás esquecer, decerto.

Beijinho.

Maria disse...

As cores da segunda foto... tudo arrumadinho, que bonito!
Tal como os cheiros e as cores te ficaram na memória, estou certa que os sons (mãe incluído) também ficaram por aí registados...

Beijinhos

bettips disse...

Lindo e que lindo o nome! Já viste se cada um de nós fizesse por um dia alguém feliz, todos nós? Como a volta das mãos se uniria, multiplicada? Bjs

Paúl dos Patudos disse...

Querida amiga , vejo que regressas-te com o coração cheio. Fico feliz por ti.
Agora deixa-me dizer-te, aquele colorido dos produtos no mercado, são fabulosos, agora imagino os aromas no ar...
grande beijinho para ti
Ana Paula

Messala disse...

Sunflower,
não seria mamana??
;)bjs

Pitanga Doce disse...

O colorido da segunda foto é algo para pintor nenhum botar de feito.

beijos às cores.

C Valente disse...

Belas imagens,A Palmeira bonito
pena o triste fiz
saudações amigas

Sim disse...

Deixa-me virar a página para não chorar. Vivi em Moçambique desde 1956 a 1978; morei na Matola e trabalhei na Cromalite (LM)do saudoso Fernando Ribeiro, depois na Sonefe (Matola). Vêlhos tempos que não voltam.Para alguém que me reconheça. josecrl.rosario@gmail.com 912539671

Sim disse...

José Carlos Rosário. Matola. Deixa-me virar a página para não chorar. Vivi em Moçambique desde 1956 a 1978; morei na Matola e trabalhei na Cromalite (LM)do saudoso Fernando Ribeiro, depois na Sonefe (Matola). Vêlhos tempos que não voltam.Para alguém que me reconheça. josecrl.rosario@gmail.com 912539671