Em frente a Lourenço Marques, hoje Maputo, do outro lado da Baía do Espírito Santo, fica a Catembe, donde se avista uma bela panorâmica sobre a cidade.
Mas o passeio valia pelos bons camarões, sesta na praia, de barriguinha confortada e por último uma banhoca no mar.
Atravessava-se de barco, talvez demorasse meia hora, se bem me lembro.
Atravessava-se de barco, talvez demorasse meia hora, se bem me lembro.
Praia da Catembe
Num desses passeios, ao entrar na água, senti que tinha qualquer coisa no pé direito.
Rapidamente a água ficou vermelha…
Tinha pisado um fundo de uma garrafa partida!
Embrulhado o pé em toalhas, uma aflição por causa do sangue perdido.
A espera pelo barco, sempre ao colo, a viagem de regresso, o banco de urgência do hospital.
Rapidamente a água ficou vermelha…
Tinha pisado um fundo de uma garrafa partida!
Embrulhado o pé em toalhas, uma aflição por causa do sangue perdido.
A espera pelo barco, sempre ao colo, a viagem de regresso, o banco de urgência do hospital.
Imagens bem vivas na memória.
Cais de embarque - Catembe
O golpe era fundo, levou vários agrafos, chamados “gatos”.
Era o que se punha naquele tempo!
Não me lembro de ter chorado grande coisa, sempre fui valente.
Mas quando olho para o pé direito, lá está ela, na planta do pé, a grande cicatriz, feiosa, torta, para me lembrar deste episódio bravo dos meus tempos de infância.
Vale a pena manter as praias limpas…
Para que episódios como este não aconteçam.
Era o que se punha naquele tempo!
Não me lembro de ter chorado grande coisa, sempre fui valente.
Mas quando olho para o pé direito, lá está ela, na planta do pé, a grande cicatriz, feiosa, torta, para me lembrar deste episódio bravo dos meus tempos de infância.
Vale a pena manter as praias limpas…
Para que episódios como este não aconteçam.
14 comentários:
Querida Girassol!
Saudades...! Saudades...! Saudades...!
As fotos são uma maravilha!
Beijos
:)
gostei destas memórias. De Africa só conheço a Ilha do Sal que dizem ser a Europa de Africa.
Tenho pena (mas não tenho dinheiro ahahahahah).
Um dia lá irei, claro
Bom fim-de-semana
Já viste que o mar anda sempre a te seguir? Bom, não é?
beijinhos de sábado
Estas fotografias "abrem-me" cada vez mais o apetite... de voar até lá.
É uma das viagens que farei, um dia (não muito longe...)
Gosto das tuas memórias, já sabes...
Beijinhos
olá Girassol, gostei deste teu regresso à infância, tal como tu também eu cortei o pé numa garrafa e hoje a cicatriz lá está para me recordar esses tempos
beijocas
Que belleza de lugares, mas allá de la anécdota.
Um dia verei la?
Beijos
Adorei estas tuas memórias, falas-te nos " gatos ", relembraste-me quando em miudo, com 5 anos anos, caí da nespereira abaixo e abri a cabeça...tambem levei agrafos, com uma diferença, não foi no hospital mas sim numa clinica dentária, aplicados por um dentista...bjs
Ana,
Que saudades da Catembe aonde aprendi a velejar...todos os Sábados e Domingos de manhã..durante 15 anos ( dos 6 aos 21)..15 anos de aventuras, toda uma vida...milhões de imagens, de recordações, de amigos que não voltei a ver...
Obrigado Ana!!
Chico
Memórias com cicatriz dentro.
Nunca estive em Moçambique mas sempre ouvi grandes descrições de quem a conheceu até aos 10 anos - meu pai que nasceu no Xaixai.
QUERIDA GIRASSOL
BELO O SEU TEXTO.
Parabéns. Gostei, mesmo com as lágrimas correndo. O meu marido trabalhou na fábrica de cana de açucar da Açucareira de Moçambique, no Mafambisse e eu vivi lá, momentos tão sublimes.
Olhe para o lado:
Há sempre alguém que
Quer ser abraçado e
Não tem coragem de dizer.
Enlace-o.
O pior que pode acontecer
É ganhar de volta um sorriso de carinho
Ou quem sabe, uma palavra sincera.
Você vai descobrir
Que ninguém está sozinho
E que a vida pode ser
Um eterno céu de primavera.
Um bom domingo
Na companhia de quem mais te abraça...
E, eu continuo com o ALFABETO. Estás curiosa?
Beijitos, letra B
Para ti, terá de ser largo o tempo. De ler, de olhar, de respirar os teus sentimentos. Ainda virei, então... Bjinho
Como é bela uma infância de liberdade! Mesmo com a cicatriz.
A propósito, e de propósito: tenho uma num joelho, bem visível, caí na praia num rochedo e fui embrulhada num guardanapo do almoço. Tinha um medo imenso de apanhar pelas diabruras...
Boa narrativa, optimas fotos
saudações amigas
Boa noite! Foi com muita satisfação que vi suas as fotos, elas lembram-me a minha infância. Que saudades, de ir à praia da Catembe e esfregar os meus pés na areia para descobrir ameijoas.
Obrigada pelas belas fotos.
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